DOUTOR GUILHERME ROSSONI
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Coluna
Traumatismo Raquimedular
A lesão da medula espinhal decorrente de trauma, também nomeada traumatismo raquimedular (TRM), ocorre em cerca de 15% a 20% das fraturas da coluna vertebral. Trata-se de uma lesão direta da medula espinhal que provoca danos neurológicos temporários ou permanentes na função motora, na sensibilidade ou na função autonômica (reflexos, controle da bexiga, controle da evacuação, entre outros). A lesão incide, preferencialmente, no sexo masculino na proporção de 4:1, e na faixa etária entre 15 e 40 anos.
As principais causas são: acidentes automobilísticos, queda de altura, acidente por mergulho em água rasa e ferimentos por arma de fogo.
Tratamento e recuperação
A localização da lesão está diretamente relacionada ao mecanismo de trauma, sendo que até dois terços das lesões medulares estão localizadas na coluna cervical.
O tratamento do TRM deve iniciar no momento do atendimento primário ao paciente politraumatizado com imobilização da coluna por meio de colar cervical e prancha rígida para se evitar lesões adicionais ou ampliação das lesões já existentes.
Posteriormente, o tratamento definitivo da lesão tem como principais objetivos a preservação da anatomia e função da medula espinhal, restauração do alinhamento da coluna, estabilização do segmento vertebral lesado, prevenção de complicações gerais locais e o reestabelecimento precoce das atividades do paciente.
Não existe até o momento nenhum tratamento cirúrgico capaz de restaurar as lesões perdidas da medula espinhal lesada, sendo que o principal objetivo é evitar lesões adicionais da medula e favorecer sua recuperação.