28 de setembro é o Dia Mundial Contra a Raiva
De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, a raiva é uma zoonose causada por um vírus que infecta animais domésticos e selvagens, e se transmite às pessoas pelo contato com a saliva infectada através de mordidas ou arranhões. Os cães são os principais transmissores da raiva às pessoas no mundo e, entre os selvagens, estão os saguis de tufo branco e morcegos. A doença chega a ser fatal em quase 100% dos casos.
O Dia Mundial Contra a Raiva é comemorado todo dia 28 de setembro desde 2007, com o intuito de conscientizar a importância da vacinação e prevenção. A data marca a data da morte do químico e microbiologista francês Louis Pasteur, que desenvolveu a primeira vacina contra raiva.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença que mata mais de 70mil pessoas anualmente em todo o mundo. Embora rara, no Brasil a incidência da infecção voltou a crescer em 2022, com cinco novos casos fatais.
O neurocirurgião e especialista no tratamento de doenças da coluna e dor crônica Dr Guilherme Rossoni afirma: “O vírus da Raiva não tem cura. Trata-se de uma infecção viral que provoca inflamação no cérebro e da medula espinhal. O vírus, por si só, é praticamente fatal se não descoberto a tempo de agir, apenas duas pessoas no Brasil conseguiram sobreviver à doença. Para atingir o cérebro leva em torno de 10 a 50 dias, tudo depende de onde foi a mordida. Raramente a doença se desenvolve depois desse período. O vírus se desloca pelos nervos, medula até chegar no cérebro, onde ele se multiplica rapidamente.”
Sintomas e diagnóstico:
De acordo com Rossoni, “Entre os sintomas estão a febre, dor de cabeça – que chamamos de cefaléia – indisposição, fica confusa, agitada, inquieta e o local da mordida fica bem dolorido ou dormente. Para diagnosticar a doença é necessário analisar a amostra da pele onde foi mordido, além da saliva e líquido cefalorraquidiano – que tiramos por punção lombar.
Prevenção:
A prevenção é a única forma de se livrar da doença. Vacinação anual de cães e gatos é a forma mais eficaz para prevenir a raiva.
“Infelizmente depois de diagnosticado, se for descoberto tardiamente, só podemos oferecer medidas de conforto para o paciente. Quando atinge a medula e o cérebro é praticamente fatal.” finaliza o Dr. Guilherme Rossoni.