Quando se trata de problemas na coluna temos a rápida lembrança de associar aos mais velhos. Vale lembrar, que as crianças também podem ter determinadas doenças na coluna e, quanto antes identificar o diagnóstico, maiores as chances no sucesso do tratamento.
A escoliose é uma deformidade entendida como o desalinhamento da coluna vertebral, contorcendo-se em seu próprio eixo, inclinando-se para frente ou para trás e para os lados; ou seja, em um plano tridimensional (“coluna em S”).
Ocorre mais frequentemente durante o pico de crescimento pouco antes da puberdade. A maioria dos casos é leve, com poucos sintomas.
Crianças com escoliose: diagnóstico e opções de tratamento
“A escoliose infantil pode se tornar mais grave à medida que as crianças crescem. Vão desenvolver essas deformidades na coluna vertebral e, em casos mais graves, pode ser incapacitante e muito doloroso. Se não tratado, poderá evoluir para comprometimento respiratório. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para reverter o quadro clínico. Se você perceber que a criança tem um ombro caído mais para um lado ou para outro, é hora de procurar um especialista para investigação clínica” ressalta o Dr. Guilherme Rossoni.
Além dos exames de radiografia da coluna vertebral, tomografia e ressonância magnética da coluna, um especialista deve observar a coluna vertebral de trás, uma vez que a patologia é detectada mais facilmente nessa posição.
Geralmente os tratamentos indicados incluem RPG, fisioterapia e reeducação postural, sendo que em casos mais graves é indicado o uso de coletes ou até mesmo cirurgia por meio de artrodese (fixação com pinos e parafusos).
Prevenir é a melhor forma de não sofrer com a escoliose, que tem como uma das causas a má postura e funcionalidade. Há também casos do problema ter origem congênita, assim que o bebê nasce, por decorrência de formação incorreta das vértebras durante a gestação.
“Em casos mais graves e com a necessidade da realização da cirurgia, recomendamos que a intervenção seja indicada com as crianças com mais de 10 anos, idade que, no geral, tem o desenvolvimento esquelético completo. Claro que a cirurgia vai depender de muitos outros aspectos e grau da escoliose, para pacientes que apresentem curvas graves e sejam prejudiciais à qualidade de vida e bem estar.” afirma Dr. Guilherme.